terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

quando se conhecem e logo se reconhecem...

numa festa cheia de amigos
ela surge aos olhos dele como um diamante,
brilhante e sobressaindo à qualquer imagem.
o primeiro contato não demora,
pois ninguém vê um diamante e o deixa incólume.
atravessando corpos nulos,
ele arruma um jeito e vai até ela.
a exclamação já deixara clara a intenção,
apesar de haver uma explicação contrária a isso.
ele diz que nunca havia visto tamanha perfeição como naquele rosto.
aquele rosto de  mangá com um toque de walt disney
era, de fato, surpreendente.
ele ficara sem palavras e se afasta devido a isso.
começa um encantamento sem tamanho
e logo todas as conversas dele remetem a um só tema: ela.
ela se transforma num bibelô naquele meio,
pois a empolgação dele é contagiante.
até que uma terceira pessoa não se contém
e os coloca defrontados.
e a sobra de espaço entre eles
vai diminuindo rapidamente,
mas para ele tinha durado umas horas.
até que o beijo acontece
e confirma que aquele ser feminino
realmente fora moldado pra encantar.
do beijo pra barraca dela foi um lampejo.
parecia que os dois corpos estavam se atraindo há uma semana,
como dois celestiais,
por uma força muito clara a quem assistia,
e que só eles ainda não tinham se dado conta.
quando os corpos voltaram a se tocar, já desnudos,
foi como se tivesse completado uma rotação terrestre
e tudo começaria novamente,
naquele ciclo de carícias intermináveis
que ambos não tinham ciência de que faziam parte,
mas que sabiam exatamente como executá-lo.
a cada beijo, lambida, mordida
o suor ia temperando aquela sacanagem,
a cada toque, apertão, tapa,
o suor ia lubrificando a esfregação.
a penetração já acontecia quando se deram conta
de que agora eram um só.
o ritmo era de balanço,
cadenciado pelos gemidos e expressões de choro,
porque o prazer era tanto
que desacreditavam da veracidade de tudo aquilo.
e lá se foram 3 horas no mesmo ritmo,
entre beijos, mordidas, tapas, carinhos, apertões
lambidas, sugadas, suspiros e gemidos.
tudo era tão olímpico que merecia ser filmado,
tão intempestivo que parecia puro efeito das drogas,
que apenas serviram pra potencializar todas as sensações que trocaram.
por vezes param,
mas só pra ele mirar aquele rosto com formas tão perfeitas
e (tentar) expressar com palavras o que via.
impossível!
não havia letras suficientes pra retratar aquela arquitetura facial
tão incomum,
tão frágil
e ao mesmo tempo,
tão ordinária e devassa.
ia ficando mais e mais incomum, frágil, devassa e ordinária
quando era possuída por aquelas mãos sedentas por uma pele quente.
chega um momento onde os corpos não aguentam mais de tanto prazer
e uma sensação comum aos dois explode por dentro
ela goza como uma tarada,
ele, sentindo que vai gozar, aponta o falo pro corpo dela
como se quisesse banhá-la.
e acontece de fato.
ela se banha e se esbalda com aquilo que dizem  fazer bem à pele.
o esforço fora tanto pra ambos que nenhuma palavra mais é dita,
mas nem era preciso, pois seus corpos já foram bastante explicativos
e seus olhares agora eram apenas de curiosidade pra saber quando será a próxima vez.

domingo, 31 de outubro de 2010

"quando o flerte apenas não se basta"

eles se olham, conversam, se tocam (ele a toca)
mas o momento do primeiro beijo
aquele momento em que sobram palavras, mas que nenhuma quer ser dita,
demora pra chegar
até que depois do quarto encontro,
eles se veem sozinhos e bebados
e no meio de uma intervenção artística
um olhar
um toque no cabelo dela
ela se aproxima
e aquele meio segundo de transição
entre os olhos fixados uns nos outros
e as bocas se tocando
dura tempo suficiente pras mãos também se pegarem
o beijo é excelente
molhado,
calmo,
com pegada,
com suavidade,
um prelúdio para um sexo automatista, com liberdade.
de fato é como acontece.
depois de uma noite de beijos demorados e olhares admirados
chegam ao recinto e se olham nervosos,
querendo causar boa impressão.
mas um beijo quebra o nevosismo
pois lembraram do porquê de estarem ali
ele a quer ha algum tempo
ela estava confusa
mas assim que se beijaram, foi-se a dúvida
os beijos se sucedem,
cada vez com mais tesão
a cama parece chamá-los
querendo participar daquele misto de carinho e sacanagem
quando a blusa dela sai
ele para TUDO
não consegue fazer mais nada
a não ser admirar e desejar aqueles volumes
os  mais belos vistos até então
parece não saber o que fazer
mas é o oposto
ele tem mil ideias do que fazer com aquilo
e as faz:
beija, morde, lambe, aperta, acaricia
esfrega, lambe, morde, assopra, aperta
alterna um e outro nesse ciclo incerto e aparentemente infinito
ela adora isso
e não faz questão de esconder
gemidos se intercalam com suspiros
e ele adora ouvir e ver essa cena,
que só lhe dá ainda mais tesão
e propõe um brinde aos mamíferos,
agradecendo por aquelas formas tão perfeitaS.
a barriguinha, lisa  como a de uma criança
enfeitada com o umbigo primoroso,
serve de palco pra uma dança
onde a língua se faz protagonista
mas os lábios, barba, nariz e até orelhas são coadjuvantes
essa dança acaba mais abaixo
naquilo que possui varios nomes,
mas aquela forma do sexo dela
toda simétrica
merecia um nome próprio,
algo que remetesse a festa,
pois foi isso que aconteceu ali
uma festa molhada e fervente
que durou tempo suficiente pra tremedeiras de ambos
mas que serviu principalmente para prepará-los para receber um ao outro
o ato mais delicioso da noite
foi ao som de "isn't she lovely" que aconteceu
os olhos estavam fixos uns nos outros
e encaixaram-se como se tivessem sido feitos pra isso
tão facilmente
que até eles se admiraram
e se viram numa sincronia antes impensada
e o ato se torna ora desespero, ora calmaria
ora carinho, ora tapas
ora sacanagem, ora beijos
ora rápido e com força, ora lento e covarde
o tempo é relativo nessa hora
horas parecem segundos
e quando o gozo é inevitável
os corpos tremem juntos
e os líquidos se misturam
naquilo que é considerado o auge da relação
mas que ali não tinha nada a ver com auge
pois este foi atingido no momento do primeiro beijo
e perdurou até o último olhar,
aquele duro, da despedida.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Quando o homem quer fazer amor e a mulher, sexo.

 é sempre incomum, o ato se torna estranho aos dois.
 um não sabe o que o outro quer,
 um não lê os olhos do outro.
 começa com beijos(claro),
 beijos desesperadores,
 pois ele deseja isso há muito tempo,
 e ela tem tesão nele desde a última, única e igualmente estranha vez
 os beijos vão ganhando forma.
 forma esta que não se faz uma só.
 ora quadrada, de tantos apertos
 ora arredondada, de tantos carinhos
 ora tão perfeita, que parecem um só ser.
 dos beijos, as roupas vão desaparecendo
 quase que sozinhas
 a regata dela sai como se fosse uma rolha de vinho
 o top, compacto àquele corpo, o deixa ainda mais incrível
 como as sereias dos desenhos animados
 porisso ele o deixa mais alguns segundos.
 o short jeans dá a oportunidade dele retomar o fôlego,
 pois exige que ela levante da cadeira giratória sem encosto em que ela estava.
 ela o ajuda, já de pé, a abaixar o short
 ele, de joelhos, tem uma visão privilegiada:
 a calcinha cor de pele(!!!), porém com corte ousado
 a deixa ainda mais gostosa,
 é quando ele a agarra e a joga na cama improvisada
 no meio da sala do cômodo escuro e apertado
 ele para completamente sem fôlego
 com a desculpa de ligar um som no pc
 ele quer voz e violão,
 ela quer qualquer coisa agitada
 ele liga e coloca todas a músicas do pc aleatórias
 voltam a se beijar, dessa vez deitados
 ele por cima dela
 conseguem sentir os corpos se encostando
 pois ele já saiu do banho sem camisa.
 ela tenta tirar a bermuda dele
 mas como o nó não se desfaz
 ele o tem que fazer.
 voltam a se beijar com entusiasmo, deitados
 ele beija seus ombros, um deles tatuado
 morde, aperta, beija, lambe, assopra, beija
 corre para o pescoço
 morde, beija, lambe, assopra
 tudo isso várias vezes
 percorrendo todo o seu colo
 nessa dança de língua, mãos, nariz e barba
 ela parece gostar,
 pois corresponde com as mãos em seus cabelos.
 os corpos agora parecem colados com todo o suor
 as roupas se foram completamente
 e o sexo oral começa pelas beiradas das pernas,
 atrás dos joelhos,
 coxas,
 umbigo,
 costelas,
 descendo pros pelos pubianos,
 sente o cheiro do sexo dela
 dá um beijo de leve
 já a sente encharcada,
 fervendo
 é quando ele beija aquela boceta
 como se fosse uma boca
 se lambuza com o líquido e sua própria saliva
 ele encontra o ponto dela e não para
 lá se vão 40 minutos nessa
 incontáveis tremedeiras, de ambos
 até que os corpos se imploram um ao outro
 querem se ter, copular
 ele sobe até sua boca
 o falo duro só quer entrar naquele paraíso molhado
 ela o olha nos olhos e implora a penetração
 ele também não se contém e entra
 devagar, mas firme
 sentem a fervura juntos
 ele tem vontade de chorar,
 ela, de gozar
 ele quer dizer que a ama
 ela, pra ele meter com força
 ele quer fazer papai-e-mamãe
 ela, quer dar de quatro
 ele quer transar devagar
 ela, com força e afinco
 fazem amor/sexo durante 40 minutos
 várias posições, gemidos e velocidades
 quando o gozo já é inevitável pra ele
 ele a olha nos olhos e avisa
 ela, em êxtase, queria mais, mas entende
 pois sabe o quão bom foi pra ele
 quando ela o aceita por completo
 seus líquidos são um só dentro do corpo dela
 continuam ligados
 o desejo dele é um pouco d'água e continuar ali, encaixado
 quando ela fala a última coisa que ele gostaria:
 "preciso ir"
 aquilo, soa como brincadeira,
 mas como da outra vez, era verdade
 nenhuma insistência adiantaria
 pois a intempestividade é um dos seus maiores charmes
 seu jeito é, ao mesmo tempo,
 irritante e apaixonante
 e ela toma a água
 e, com uma pressa desesperada
 vai ao banheiro e volta de calcinha
 já pondo a roupa
 nem a pior expressão de dor dele a convence
 ela vai sem nem olhar pra trás
 sai pela porta sem nem mesmo abri-la
 ele, desesperado por mais um beijo
 põe a bermuda e dá um pulo da alcova direto pra porta
 pergunta quando vai vê-la novamente
 sabendo da resposta, a ouve:
 "um dia"
 e se vai.