numa festa cheia de amigos
ela surge aos olhos dele como um diamante,
brilhante e sobressaindo à qualquer imagem.
o primeiro contato não demora,
pois ninguém vê um diamante e o deixa incólume.
atravessando corpos nulos,
ele arruma um jeito e vai até ela.
a exclamação já deixara clara a intenção,
apesar de haver uma explicação contrária a isso.
ele diz que nunca havia visto tamanha perfeição como naquele rosto.
aquele rosto de mangá com um toque de walt disney
era, de fato, surpreendente.
ele ficara sem palavras e se afasta devido a isso.
começa um encantamento sem tamanho
e logo todas as conversas dele remetem a um só tema: ela.
ela se transforma num bibelô naquele meio,
pois a empolgação dele é contagiante.
até que uma terceira pessoa não se contém
e os coloca defrontados.
e a sobra de espaço entre eles
vai diminuindo rapidamente,
mas para ele tinha durado umas horas.
até que o beijo acontece
e confirma que aquele ser feminino
realmente fora moldado pra encantar.
do beijo pra barraca dela foi um lampejo.
parecia que os dois corpos estavam se atraindo há uma semana,
como dois celestiais,
por uma força muito clara a quem assistia,
e que só eles ainda não tinham se dado conta.
quando os corpos voltaram a se tocar, já desnudos,
foi como se tivesse completado uma rotação terrestre
e tudo começaria novamente,
naquele ciclo de carícias intermináveis
que ambos não tinham ciência de que faziam parte,
mas que sabiam exatamente como executá-lo.
a cada beijo, lambida, mordida
o suor ia temperando aquela sacanagem,
a cada toque, apertão, tapa,
o suor ia lubrificando a esfregação.
a penetração já acontecia quando se deram conta
de que agora eram um só.
o ritmo era de balanço,
cadenciado pelos gemidos e expressões de choro,
porque o prazer era tanto
que desacreditavam da veracidade de tudo aquilo.
e lá se foram 3 horas no mesmo ritmo,
entre beijos, mordidas, tapas, carinhos, apertões
lambidas, sugadas, suspiros e gemidos.
tudo era tão olímpico que merecia ser filmado,
tão intempestivo que parecia puro efeito das drogas,
que apenas serviram pra potencializar todas as sensações que trocaram.
por vezes param,
mas só pra ele mirar aquele rosto com formas tão perfeitas
e (tentar) expressar com palavras o que via.
impossível!
não havia letras suficientes pra retratar aquela arquitetura facial
tão incomum,
tão frágil
e ao mesmo tempo,
tão ordinária e devassa.
ia ficando mais e mais incomum, frágil, devassa e ordinária
quando era possuída por aquelas mãos sedentas por uma pele quente.
chega um momento onde os corpos não aguentam mais de tanto prazer
e uma sensação comum aos dois explode por dentro
ela goza como uma tarada,
ele, sentindo que vai gozar, aponta o falo pro corpo dela
como se quisesse banhá-la.
e acontece de fato.
ela se banha e se esbalda com aquilo que dizem fazer bem à pele.
o esforço fora tanto pra ambos que nenhuma palavra mais é dita,
mas nem era preciso, pois seus corpos já foram bastante explicativos
e seus olhares agora eram apenas de curiosidade pra saber quando será a próxima vez.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
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